terça-feira, 17 de novembro de 2009

João Rosa, pescador


Texto e fotografia de Glinnys Sousa

Chama-se João Rosa, tem 49 anos e desde os 14 que é pescador na Costa da Caparica, onde nasceu. Ele é filho de um padeiro e neto de um pescador.

Seguiu as pisadas do avô,“por acaso”: “Andávamos na escola e nas férias do verão vínhamos trabalhar com os pescadores, para ganhar uns trocos”, contou.

“Aprendíamos a arte da pesca uns com os outros”. João falou com a repórter do D.A.R. à Costa no seu ateliê, o número 20. Trabalhava descalço e em tronco nu, armando a rede de pesca com uma navalha na mão.

“Pesco o ano todo. O patrão não me dá férias”, brinca. O pescador conta-nos que tem um barco vermelho chamado Tita, atracado na Cova do Vapor. É com ele, e com as redes que arma agora, que logo à noite vai pescar. “No Verão apanhamos linguados e no Inverno pescamos robalos, sargos e chocos”, explica.

“ Antigamente a pesca era melhor. Havia mais peixe, precisávamos de menos rede, era mais fácil”, disse. João despediu-se com o desafio: “A menina havia de vir à pesca para ver como é”, disse. Desafio aceite, que venha outra história!

2 comentários:

  1. Boa soma e segue, aqui nesta terra há historias muito giras e pessoas com episódios passados ainda mais giros. Até houve alguém que um dia fez uma horta na praia

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  2. Linda reportagem... poetas e poetisas são vcs!

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